terça-feira, 3 de março de 2009

Confissões de uma Mente Perigosa



Porque ver?

Ele se autodefinia assim: “Meu nome é Charles Hirsch Barris. Compus músicas pop e fui produtor de televisão. Sou responsável por poluir a televisão com entretenimento tolo e sem conteúdo.
Além disso eu assassinei 33 seres humanos.”



O fato é que Charles Barris baixou de maneira irreversível o nível da televisão nos anos 60, criando entre outras atrações, o Show de Calouros e o Namoro na TV, e se consolidou como o papa da baixaria. Nos anos de baixa audiência, Harris voltou aos holofotes com uma controversa biografia onde afirmava que seus programas eram apenas um disfarce para seu verdadeiro emprego: assassino pago pela CIA.

O fato é que verdade ou mentira, Charles Barris foi uma das personalidades mais interessantes e controversas que o cinema já retratou, e sua história é um elemento fundamental para entender o estado atual do show bussines e o que define o gosto médio.



O fato é que Confissões de uma Mente Perigosa é um filme com uma narrativa estilizada e instigante, com um uso bastante fora do comum da montagem e fotografia, e uma surpreendente estréia na direção de um astro pelo qual eu não dava uma pataca furada, George Clooney.

O fato é que Confissões de uma Mente Perigosa é o tipo de filme que não vai agradar a todos, e por isso mesmo, merece ser visto. Nem que seja para odiá-lo.

Fica aí o monólogo que encerra o filme:
“Sabe, recentemente tive uma idéia pra um novo game show. Se chama O Velho Jogo. Você tem três caras velhos com pistolas carregadas no palco. Eles olham para suas vidas, vêem o que eram, o que conquistaram, quão perto eles chegaram de alcançarem seus sonhos. O vencedor é aquele que não colocar uma bala na cabeça. Ele ganha uma geladeira.”
Dá o que pensar.

Fábio Ochôa

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